Pendência

Vidrado na bunda da mulher que conquistou, pensa muito no sexo anal. Pena que ela não gosta. Sente dor e, pra evitar a sensação, só permite a penetração mais comum. Marcela é bonita e gostosa. Além disso, rebola com vontade e possui desenvoltura no oral que pratica. É quase perfeita pra Vinícius. Tem um papo cabeça, entende as coisas e ajuda como pode. Fica a pendência. A menina sabe o tamanho do desejo que realizaria caso enfrentasse, de costas, o órgão comumente comparado ao pepino. Reflete sobre o assunto, mas, apesar das constantes cantadas e insinuações, mantém a postura. Pra fazer uma concessão dessas, precisaria de uma ocasião especial, com bastante lubrificante e carinho. Faz aniversário semana que vem.

Cavidade

Com a mão na vagina, anda em casa e na rua. É automático. Bobeou, desce lá, ajeita a calcinha e dá uma coçada no buraco. Teve uma vez que partiu pra grosseria. Carol, Carlos e Carla, pegos de surpresa, ficaram abismados. Principalmente Carol, pouco tolerante a comportamentos do gênero. Disfarçadamente, comentou rápido, antes da menina voltar. O pessoal prestou atenção. Como previsto, Helena fez de novo. Na menos sutil das incursões, realizada enquanto falava, olhou pra baixo pra acertar no ponto. Ficou com fama de impulsiva e virou personagem de esquetes. Os amigos e amigas, preocupados, explicaram numa boa que pegava mal. Nem assim diminuiu a frequência. De unhas pintadas, os dedos visitam a cavidade toda hora.

Denise

Na falta de papel higiênico, limpou a bunda com papel toalha. A menina, fresca, não tinha muita opção. O chuveirinho tava sem água, ninguém na área pra ajudar e a calcinha, nova, era pequena demais. Apelou pro utensílio de cozinha utilizado no processo de fritura. A decisão foi rápida. Abriu o fecho éclair, pegou o produto com a mão e chegou um pouco pro lado pra conseguir passar direito. Gastou cinco exemplares. Se contarmos que dividiu cada um em quatro, foram 20 incursões à região entre nádegas. A descarga quebrada não reagiu ao aperto. Abriu um pouco a porta, reparou no movimento e, determinada, deixou o local. Andréia chegou sem saber de nada. Levantou a tampa, sofreu o impacto e saiu. Sobrou pra Denise.

Aposta

Depois de escolher o número entre trinta e três e trinta e cinco, rabiscou no papel. Depois, doze, vinte e cinquenta e seis. O penúltimo selecionado, maior que oito e menor que quinze, garantiu vaga na lista por causa do aniversário do filho. Pra completar meia-dúzia, só faltava um. Foi nessa hora que bateu o desespero entre os algarismos disponíveis. A probabilidade de realizar o sonho, a princípio, era igual pra todos. Tirando os cinco já marcados, restavam cinquenta e cinco. A agitação chegou ao extremo quando Cristiano passou o bico da caneta pertinho de alguns dos símbolos de quantidade. O dezenove e o onze, se pudessem, agarrariam a esferográfica e pintariam a si próprios com a tinta azul. Ficaram de fora. O quarenta e sete, primo, completou a aposta.