Ápice

Antes de mais nada, pra não dizer primeiramente e induzir ao complemento em voga, não se trata de política. É outro papo. Origem, desenvolvimento e ápice do pensamento. Do embrião à conclusão. Vida a dois ou mais, morte e emprego. Reflexões que geram flexões. Atividades em geral. Fazer café, ficar em casa. Ansiedades, raciocínio lógico e ideias malucas. Paz que, pelo motivo errado, toma conta. E o contrário.

Princípio

Nasceram naquele dia. Priscila, Sérgio, Régis, Ana e Alice. Nunca se conheceram. Nenhum destino cruzado. Em comum, além do aniversário, o de sempre: corpo e entorno. Cada um abriu os olhos a seu tempo. Países diferentes. A princípio, ausência de deformidades e deficiências. Pacote completo. Órgãos, veias e unhas. Um cérebro pra cada um.

Espaço

Quatro estorvos. Dois em cima e dois embaixo. Direita e esquerda. Ao invés de ajudar, atrapalhavam. Faziam força. Queriam espaço. Os demais, perfilados, não esperavam. Desconforto. Raiva. Discutiam sobre medidas a serem tomadas em relação à atitude condenável dos recém-chegados. Causavam dor. Optaram pela remoção impiedosa. Pelo despejo. Pra isso, planejaram e executaram um processo de três etapas. Injeção, ataque e extração. Arrancaram e voltaram ao normal.

Original

Pediu a mão de Mônica. Pegou e atravessaram. Do lado oposto ao original, brigaram. Disse que não precisava. Que já era grande e que, sem ajuda, conseguiria. Tava madura. A companhia discordou. Disse que não. Outra rua. Ordem, obediência amarga e briga. De novo. Relação desgastada. Uma, com pressa, apressava. A outra, boicote. Briga mais feia. Agressão física, choro e castigo. Nada de rua.