Mínimo
Em silêncio, convivem. Dividem espaço. Passam perto e, pra não cumprimentar, abaixam a cabeça. Fazem o que vão fazer e vão embora sem dar tchau. Ambiente frio. Ao invés de harmonia ou hostililidade, indiferença. Voltam quietos no dia seguinte. De tanta decepção, preferem não arriscar. Não têm curiosidade. Optam pelo maior distanciamento possível. Quando tá cheio, dão um jeito. Falam o mínimo necessário. Pedem licença, agradecem e pronto. Na fila da água, aguardam mudos. Bebem e voltam aos lugares. Os sons que emitem, por questões particulares, não pressupõem diálogos. Assovios, gritos e suspiros. Tudo impessoal.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Infelizmente, é o que mais se vê hoje!!
ResponderExcluirTexto muito bom!! Parabéns!!
Triste conviver assim com tanta indiferença.
ResponderExcluirFico muito feliz saber que com vc seu irmão isso nao acontece.
Tia Leila Cristina
Adorei!
ResponderExcluir