Submarino

O peixe espada, despido, foi até o baú. Nado simples, pra frente. Desconhece crawl, costas e borboleta. Com a barbatana, coletou o carregamento. Chegou na gruta, desembrulhou e consumiu. Denise, que rastejava despercebida, pediu um pouco. Negado. Voltou lá e, pra pegar mais coisa, levou um saco de batata. Encheu do que queria. Atum, brinquedos e uma vara. Ignorou o molinete, catou minhoca e botou no anzol. Pescou tilápia. Os carrinhos e bonecas, deu pros filhotes. Comeu o enlatado. Não sabia que o principal ainda tava guardado. Eraldo achou. Três colares, um brinco de prata e uma pulseira de ouro. Diamantes e esmeraldas. Trocou num submarino de duas portas. Da caixa grande, agora vazia no fundo do mar, tirou também o mapa que não incluiu na negociação. Lembrou do desenho animado e partiu sem medo. Durante a saga, no estilo pirata submerso, encontrou algo parecido com Atlântida.

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