Varanda

Irritado com familiares, deu o troco. Esfaqueou a irmã e o pai. Na mãe, tiros. Empurrou primos no precipício. Queimou tios e o filho, mais velho, estrangulou. Asfixiou o mais novo. Avós afogados. Esmagou o crânio da sobrinha, chutou o neto e correu pra casa. Todos juntos. Não acreditou. Na varanda, de onde acertou a mulher, aplaudiam. Comemoravam o retorno. Ficou em choque. Pra acelerar a repetição da chacina, acionou a função giratória da metralhadora. Saiu de perto. Voltou e perdeu a cabeça. Viu que, ressuscitados, mandavam beijos. Saudavam o assassino.

Um comentário: