Barriga

São unidades. Uma de cada cor. Por mais que insistam, que propaguem a existência da possibilidade, não se fundem. Não dá. Quando o sexo é bom, quase conseguem. Desgrudam em seguida. A orelha é outra. Visão, cheiro e estrutura cognitiva. Saem da barriga. Não ficam. O abraço acaba, o sorriso fecha e os olhos abrem. Sonhos diferentes. Parecidos, coexistem. Dividem espaço. A premissa apregoada, da ajuda mútua, tem limite. Se conhecem. Se distribuem. Histórias e anseios, inacessíveis, guardam. Ninguém alcança.

Um comentário: