Estalo

Lembra bem da porta branca. Proteção de ferro, quatro degraus e ela. Abria pra dentro. Sem chave, tocava a campainha. Ouvia o estalo. Empurrava e largava. Deixava bater. No caminho, já sentia. Entrava a contragosto. Pensava em como seria lindo se, nunca mais, passasse pelo vão deixado pela rotação do retângulo. Também tinha corredores, salas e janelas. Ia sempre. Todo dia.

2 comentários:

  1. Maravilha! Criatividafe é isto: o estalo!
    E aquela porta que bate e vc. Gica preso na rua?
    Por via das dúvidas é bom deixá-la abertaorta, batendo ao sabor do tempo. Vou teler o cadual. Depois dos contos russos, é o que há de melhor.
    Bjs

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