Corrente

Acordou preso. Nada de corda. Nem algema, nem cadeado nem corrente. O corpo, livre e saudável, podia ir e vir. A mente que não deixava. Condicionou a liberdade à construção de algo extraordinário. Algo tão comovente que justificasse a alforria. Chave na porta. Trancada. Pra sair, algo brilhante. Diferente. O que fez não serviu. Precisava de mais. Insistiu e, num esforço descomunal, cavou um buraco. Fantástico. Gostou tanto que foi liberado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário