Contentamento

Pra evitar saudades, prendeu num abraço. Apertado, sem brecha. Não soltou. Cansou da alegria finita, do tempo aprazível que cede a vez. Quer felicidade contínua. Paz no peito, mente sã e corpo em ordem. Dia após dia. Tanto que, naquele dia, apelou. Concretizou a idéia. Sentiu o momento mágico e, na distração da sensação, capturou. Segurou firme. Cegado pelo lado bom, não vê o aspecto negativo. É que, encarcerado, o contentamento não anda. Não passa pros outros. Pros vizinhos, tristes, sobram lamentações e pesares. Todos desiludidos. Deprimidos e deprimentes.

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