Tênis
Saiu na precipitação. Pingos grossos. Desprovida de guarda-chuva, cansada e apressada, não hesitou em, desprotegida, encarar a adversidade. Criança de colo. Molhou o cabelo, o corpo e a roupa. Tirou o tênis. Correu. Pra atravessar a rua, meteu o pé na poça. Chegou no lado ímpar. 115, décimo andar. No elevador, encharcada, apertou o botão. Desceram no segundo, quarto e quinto. Entraram no oitavo. Assim que abriu, disparou. Sangue que escorria. Choro alto no ouvido. Acendeu a luz e, sem parar no tapete, bateu a porta. Chuveiro, toalha e curativo. Carinho e cama. Beijo de boa noite.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Muito legal!
ResponderExcluirAdorei!
ResponderExcluirLindo e emocionante, Renato!
ResponderExcluirLindo e emocionante, Renato!
ResponderExcluir