Farmácia

No caminho, passou pela pracinha e pelo campo. Padaria. Até o hospital, que tratou mal do avô, ficou pra trás. Passou pelo primeiro beijo, pelo primeiro beijo que agradou e por decepções. Onde não tinha nada, farmácia. O mercado igual, a igreja igual e a casa, antiga, derrubada. Passou pelas brigas, pelo medo e pela bronca. Pelas flores. Absorvido, passou pelo pranto. Pelo esforço. Rede, raquete e trave no meio da rua. Passou pelo trauma. Pelo aplauso e pela escada. Euforia. De tênis e meia, passou pelo amor que não acaba. Que não muda.

4 comentários:

  1. Celis, a sua expressão para este texto merece absoluta e sinteticamente o superlativo. Sim, é belíssimo!

    ResponderExcluir
  2. Celis, a sua expressão para este texto merece absoluta e sinteticamente o superlativo. Sim, é belíssimo!

    ResponderExcluir