Palácio

A cabra recorreu ao coelho. Ganhou um pouco de pelo. Rabo do cavalo e orelha do porco. As patas, doadas pela vaca, couberam. Depois da boca cedida pelo leão e da genitália pela raposa, faltava o nariz. Pediu pro jacaré. Pra macaca, pro galo e pro peixe. Ninguém tinha. Orientado pelo sapo, foi no palácio. Bateu na porta, recebeu a negativa e voltou pra casa do caranguejo. Triste, comentou com o esquilo que, comovido, sugeriu ver com a girafa. Do lobo, tomou um fora. Elogio da tartaruga. Conseguiu com o elefante. Botou no lugar e, de imediato, começou a cheirar.

Um comentário: