Osso

Não é de ferro. A carne, colada no osso, sofre cortes. O osso quebra. Nervos que passam pela cabeça e coração pelas mãos. Diarreia, limitações e teimosia. Sujeição à panes. Entre sim e não, possibilidades que atormentam. Funciona. Silencia no fim. Esconde o que guarda, absorve e resigna. Quis ser escritor. Leu e escreveu sem que ninguém visse. Quis ser músico. Som no quarto, de porta fechada. Trabalha. Ingere. Fim de semana. Dorme. Acorda. O contentamento, intermitente, acaba em desgosto. Cobrança. Prazo esgotado. Ante à conjuntura, propícia à colapsos, retração. Resistência.

Um comentário:

  1. O ciclo! Mas sempre dá para virar o jogo, desviar o fluxo e mudar o rumo.

    Abração,
    Gutoooo

    ResponderExcluir