Pilastra

O morcego, perseguido pela gaivota, entrou na caverna. Parou atrás da pilastra. O pássaro pousou. Não viu o mamífero, esperou um pouco e foi embora com raiva. A potencial vítima, satisfeita pelo sucesso da fuga, deitou no colchonete. Precisava dormir. Não sonhou e, quando acordou, espreguiçou. Comeu duas torradas, meio mamão e bebeu um copo de leite. Saiu atento. Passou pelas cabras, vacas e cavalos. Saudou o coelho. Percebeu que o cachorro, machucado, latia baixo. Ofereceu ajuda. Ouviu o relato, diagnosticou e fez um curativo. Deu de cara com o bicho da noite anterior. Capturado, voou de carona até a cabana da ave mãe. Ficou com medo. Negou acusações e pediu misericórdia. Não tinha roubado a galinha.

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