Princesa

Ganhava quem escrevesse mais rápido. Fernanda disparou. Defendeu, sem pensar, a chacina de animais domésticos e agressões verbais contra seres inanimados. Contou a história da princesa imaginária. Disse que acumulava roupas e colhia algodão. Pra não ser eliminada, tinha que fazer sentido. Poucos minutos. Deixou escapar que, na dúvida, fica parada. Que sofre. Achou mais fácil no treinamento. Profusão de palavras que renderiam pontos. Na pressa, confessou que vai às lágrimas porque, no fundo, ama o menino da rua debaixo. Oração simples. Correria. Sem rasura e sem erros, falou mal da competição. Fez elogios à calma e à paciência. Prometeu que, dali em diante, comeria devagar. Fim. Comoção. Aplausos e gritos. Linhas de vantagem.

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